Quatro amigos de infância. Uma festa surpresa. E um medo em comum: a possibilidade de tudo acabar ali. Emília, Daniel e Vitória queriam apenas celebrar o aniversário de 20 anos de Luana, mas a noite não sai nem um pouco como o esperado. Escrito por Fernanda de Castro Lima, Eu gosto mesmo é da contradição da noite (Astral Cultural, 224 pp, R$ 49,90) coloca seus protagonistas diante da possibilidade da morte. Em uma reviravolta surpreendente, a comemoração logo se transforma em um pesadelo que vai fazer todos os jovens refletirem sobre o passado e os relacionamentos. Tímida, Emília, a protagonista, se considera pouco interessante e prioriza a felicidade dos amigos acima da própria, além de sempre guardar seus segredos mais íntimos apenas para si mesma. Ela é a narradora da história, que se passa quase toda em uma única noite. Lembranças antigas da estudante de veterinária são desencadeadas por gatilhos enquanto ela enfrenta os perigos desta madrugada tensa. Os flashbacks se misturam ao presente, mostrando momentos determinantes para a construção das relações de amizade e da identidade individual de cada um deles até aqui. Emília, Vitória e Luana, todas universitárias, moram juntas em São Paulo. Daniel, que conhece Mili desde criança, também passa a dividir a casa com as meninas, quando volta dos EUA após a morte da mãe. Os dois se descobrem apaixonados um pelo outro, mas o jovem acaba se envolvendo com Lua após não conseguir decifrar os sentimentos de Mili. Ao se depararem com a possibilidade da morte, os quatro percebem que ainda desejam viver muito mais – reforçando a mensagem de que até as noites mais escuras têm um fim.